domingo, 16 de agosto de 2009

Sobre Plágio e Outras Incivilidades

Uma vez, quando eu era apenas uma menininha, minha mãe me deu uma chinelada em cada mão porque eu havia surrupiado brigadeiros que ela havia feito para a minha própria festa de aniversário. Tecnicamente os brigadeiros eram meus e eu poderia dispor deles como bem entendesse, mas ela me fez compreender, à base de muita argumentação - tanto a argumentação verbal, que nem sempre dá certo, quanto a argumentação sempre infalível das legítimas Havaianas, porque eu apanhei pouco antes de os convidados chegarem e foi por um triz que escapei de passar um grande vexame, mas ainda assim tiver de escorregar dos que me perguntavam por que eu estava com as mãos vermelhas e um tanto inchadas - que o que PARECE nosso nem sempre é, e que deve existir uma coisinha chamada bom-senso piscando dentro da cabecinha da gente para nos lembrar sempre que não precisa existir uma plaquinha neon com o nosso nome escrito a fim de identificar o que é de um e o que é de outrem. Esse pequeno contratempo, apesar de vexatório, serviu para me ensinar a reconhecer sem margem de erro não apenas o que é de César, ou de Maria, ou de Joana, ou de Aderbal, mas, principalmente, para reconhecer o que é meu e não deixar que ninguém surrupie meus brigadeiros, sejam eles de chocolate, de papel, de pixels ou sob a forma de propriedade intelectual.

À Srta. Gabi Argolo e a todos os outros que ainda copiam trechos de determinados textos e não citam seus autores: não me importo que reproduzam o que escrevo, mas citar a autoria é questão de educação, ética e inteligência. Citem, ou não copiem. Copiar sem creditar a autoria é mais do que falta de educação: é PLÁGIO. E plágio, só pra lembrar aos que fazem questão de esquecer, é crime.